Quando eu resolvi ensinar, um dos meus princípios sempre foi ensinar técnicas, mas – mais do que isso – também compartilhar com vocês a Jornada na Aquarela sem o glamour.
E a verdade é que, mesmo hoje, tem dias em que eu penso:
No começo isso me machucava muito e, por muito tempo, meu foco foi:
Me tornar um Artista à prova de balas. Aquele que nunca erra, que tudo o que pinta é fora de série…
Só que ser à prova de balas e conseguir sempre um resultado perfeito não é ser artista.
A gente, como artista, tem que aceitar a nossa vulnerabilidade.
E, ao aceitar que nem sempre tudo vai sair como queríamos, ao aceitar essa vulnerabilidade…
NÃO ESTAMOS SENDO ARTISTAS MENORES…
Estamos apenas aceitando que somos humanos e que a vida é uma Jornada de Aprendizado.
O artista que não aceita sua vulnerabilidade acaba perdendo sua sensibilidade.
Porque tudo tem que sair de acordo com a rigidez de seu pensamento.
Tá bom Bfrêma, e o que fazer quando o resultado da pintura não sai bom?
Aqui estão dois pontos que me ajudaram:
Lembre-se que ser artista sempre será um ato de coragem, pensa em tudo o que você fez até pintar a sua primeira aquarela.
Em todos os obstáculos, não só na Aquarela, mas na vida.
O tanto que você se esforçou e melhorou pra ser tornar a artista que você é hoje.
Lembre-se que muita gente não teve e nem terá a coragem, nem a audácia que você teve de colocar a mão em um pincel, para produzir arte.
Valoriza sua Jornada.
Olhando por esse ponto, todo mundo é maravilhoso.
Como assim Fé, Bfrêma?
Tenho que rezar quando minha Aquarela fica feia??? kkkk.
Não é isso.
É preciso ter fé nos processos.
• Cabeça, olho, mão.• Do fundo pra frente, das áreas maiores para as menores, da síntese pro detalhe…
• É o tom que vai segurar minha Aquarela.
• As harmonia de cores deve ser pensada….
A gente não tem como controlar o resultado, mas a gente tem como controlar o processo.
E mais do que fé no processo, temos que ter fé na nossa própria capacidade de evoluir.
De fazer 1% melhor a cada dia.